terça-feira, 20 de setembro de 2011

Tudo é preza!

Cena do filme An Education "Se as canções falam comigo são o meu melhor amigo Dizem tudo que eu preciso Entender e um pouco mais Mas não basta ter sentido É preciso dar ouvidos Ao que elas tem pra falar E eu quero que as canções modernas Sejam sempre cheias das palavras certas Do resto é bem mais que o resto Quando tudo importa nem tudo é preza Se as canções falam comigo são o meu melhor amigo Dizem tudo que eu preciso Entender e um pouco mais E eu quero que as canções modernas Sejam sempre cheias das palavras certas Do resto é bem mais que o resto Quando tudo importa nem tudo é preza E eu quero que as canções modernas Se tornem antigas no momento certo E o resto pode ser o resto Se nem tudo importa quando tudo é preza Se as canções falam comigo são o meu melhor amigo Dizem tudo que eu preciso Entender e um pouco mais" (Bidê ou balde - Tudo é preza)

sábado, 12 de março de 2011

Just do it.


Arte de Joan Miró

"Just do it, just do it, just do it

Just do it do it do it cause you want it
Just do it do it do it cause you like it
Do it do it do it cause you feel it
Not because you saw it

You can do a song
Cook your food
Clean your house
You can use a thong
Be so rude
Kiss my mouth

You can pierce your nose
Sew your clothes
Dance alone
You can make some friends
Form a band
Or sing along

Just do it cause you want it
Not because you saw it
Just do it cause you want it
Not because you saw it, not because you saw it, yeah!

Just change it change it change it cause you want it
Just change it change it change it cause you like it
Change it change it change it cause you feel it
Not because you saw it

You can change your hair
Change your house
Change your life
You can change you sex
Change your friends
Change your wife

You can change your shoes
Change your pants
Change your style
You can change your face
Change your boobs
Change your smile

Just change it cause you want it
Not because you saw it
Just change it cause you want it
Not because you saw it, not because you saw it, yeah!"
(Copacabana Club)

Coração vagabundo.


Arte de Frida Kahlo

"Meu coração não se cansa
De ter esperança
De um dia ser tudo o que quer

Meu coração de criança
Não é só a lembrança
De um vulto feliz de mulher

Que passou por meus sonhos
Sem dizer adeus
E fez dos olhos meus
Um chorar mais sem fim

Meu coração vagabundo
Quer guardar o mundo
Em mim

Meu coração vagabundo
Quer guardar o mundo
Em mim"
(Não tenho certeza, mas acho que é do Caetano Veloso)

quinta-feira, 10 de março de 2011

Preto & Branco.


Cena do filme CasaBlanca

"Vai ver um filme na TV
Pra entender como é a vida
Fantasia todo dia, uma cena de cinema
E o problema é que já não interessa o poema

Foi em preto e branco que eu vi
A primeira vez o amor
Não era de verdade
Ainda sim eu acreditei

Foi bem diferente quando eu senti
Nem sempre
O final vai ser feliz como o filme diz

Realidade é melhor assim
Lutar pra ficar bem no fim
Perder ganhar cair e levantar
Amar é bem melhor que ver o amor passar
Amar é bem melhor que ver o amor passar

Vai ver um filme na TV
Pra entender como é a vida
Fantasia todo dia, uma cena de cinema
E o problema é que já não interessa o poema

Realidade é melhor assim, lutar pra ficar bem no fim
Perder ganhar cair e levantar
Amar é bem melhor que ver o amor passar,
Amar é bem melhor que ver o amor passar
Amar é bem melhor que ver o amor..."
(Vera Loca)

O homem da gravata florida.


Arte de Henri Matisse.

"Lá vem o homem da gravata florida
Meu deus do céu... que gravata mais linda
Que gravata sensacional
Olha os detalhes da gravata...
Que combinação de côres
Que perfeição tropical
Olha que rosa lindo
Azul turquesa se desfolhando
Sob os singelos cravos

E as margaridas, margaridas
De amores com jasmim
Isso não é só uma gravata
Essa gravata é o relatório
De harmonia de coisas belas
É um jardim suspenso
Dependurado no pescoço
De um homem simpático e feliz
Feliz, feliz porque... com aquela gravata

Qualquer homem feio, qualquer homem feio
Vira príncipe, simpático, simpático, simpático
Porque... com aquela gravata
Êle é esperado e bem chegado
É adorado em qualquer lugar
Por onde ele passa nascem flores e amores
Com uma gravata florida singela
Como essa, linda de viver
Até eu, até eu, até eu, até eu, até eu..."
(Jorge Ben Jor)

terça-feira, 8 de março de 2011

Blue lips.


Arte de Pablo Picasso

"He stumbled into faith and thought,
"this is all there is"
The pictures in his mind arose
And began to breathe...
And all the gods in all the worlds
Began colliding on a backdrop of blue...

Blue lips
Blue veins

He took a step, but then felt tired
He said, "I'll rest a little while"
But when he tried to walk again,
He wasn't a child.
And all the people hurried past
Real fast and no one ever smiled

Blue lips
Blue veins
Blue, the color of the planet from far, far away
Blue lips
Blue veins
Blue, the color of the planet from far, far away

He stumbled into faith and thought,
Got "this is all there is"
The pictures in his mind arose
And began to breathe...
And no one saw and no one heard
They just followed lead.
The pictures in his mind awoke
And began to breed.

They started off beneath the knowledge tree
Then they chopped it down to make white picket fences
They marched along the railroad tracks
And smiled real wide for the camera lenses
They made it past the enemy lines
Just to become enslaved in the assembly lines...

Blue lips
Blue veins
Blue, the color of the planet from far, far away...
Blue lips
Blue veins
Blue, the color of the planet from far, far away...

Blue... The most human color...
Blue... The most human color...
Blue... The most human color...

Blue lips
Blue veins
Blue, the color of our planet from far, far away..."
(Regina Spektor)

Distant Dreamer.


Arte de Henri Matisse

"Although you think I cope,
my head is filled with hope...
of some place other than here.

Although you think I smile,
inside all the while...
I'm wondering about my destiny.

I'm thinking about all the things I'd like to do in my life.

I'm a dreamer... a distant dreamer, dreaming for hope, from today.

Even when you see me frown,
my heart won't let me down,
because I know there's better things to come.

And when life gets tough,
I feel I've had enough,
I hold on to a distant star,

I'm thinking about all the things I'd like to do in my life.

I'm a dreamer... a distant dreamer, dreaming for hope, from today.

I'm a dreamer... a distant dreamer, dreaming for hope, from today.
Yeah, I'm a dreamer...

I'm a dreamer... a distant dreamer, dreaming for hope, from today.
Yeah, I'm a dreamer...




I'm a dreamer."
(Duffy)

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Propaganda do amor ou amor de propaganda.


Arte de Jean Honoré Fragonard

"Há casais contra qualquer ostentação. Não realizam propaganda do seu amor. Não narram vantagens, não se elogiam em público, não descrevem o que ele ou ela preparou de especial na noite anterior, não geram ciúme, muito menos inveja entre os amigos. Não se derramam em abraços de aeroporto em cada esquina.

São os casais ideais, certo? Talvez durem para sempre, o que não traduz perfeição.

Não há como ser feliz sem merchandising do que se está vivendo. Sem morder a língua. Sem fofoca. Sem contar um pouco mais. É pensar e divulgar.

O amor é público, desde quando se estendeu a mão pela primeira vez com muito nervosismo para andar na rua com ela.

Não existe como disfarçar. Sensibilidade controlada é indiferença.

Um dos graves traumas afetivos é a falta de amor pelo amor.

Os pares se amam, mas estão descontentes por amar. Não desejavam estar amando. É um amor contrariado, um amor dissidente. Como uma maldição: Por que foi acontecer comigo logo agora?

É como se a companhia não fosse apropriada. Ou que não devia ter surgido naquele momento, é bem capaz de atrapalhar os negócios ou a vontade de viajar e de ser livre. Ou porque é diferente e não responde automaticamente. Perderemos tempo, perderemos a agilidade que tanto nos caracterizava.

Não se enxergam abençoados, e sim traídos pelo destino. Não tratam de alardear seu relacionamento como um feriado de sol. Por receio ou insegurança, não se orgulham da companhia. Nunca falarão: estou com quem sonhei, é perfeito para mim.

Não identificam que já têm o mais complicado, que o restante é simples: um cartão, um torpedo, uma cartinha, uma lembrança, um prato predileto, um capricho, um colo.

Amam ao mesmo tempo em que odeiam. Amam ser, odeiam estar. Por aquilo que a convivência exige, pelo mal-estar de uma conversa truncada, pelo ciúme passivo e sempre existente, pela necessidade de telefonar e de se apaziguar, pela dependência ruidosa e ávida.

Quem ama alguém, mas odeia o amor não terá paciência. Entrará num clima de cobrança permanente, de suspeita irremediável. Conhece como o par fica irritado e trata de testar os limites. Não agrada para criar contrariedade e arrecadar sinais do fim. Quer se livrar do amor, não do outro, mas o amor está no outro que acaba pagando a conta.

Não consegue se separar, tampouco se entrega verdadeiramente.

Quando está em paz, enlouquece. Quando está estressado, age com distração e depois reclama da cobrança. Ou cobra a cobrança. Ou antecipa a cobrança que não viria. A briga está condicionada a uma postura catastrófica. Mobilizado a provar que não tem mais jeito. Em vez de elogiar, reclama. Em vez de se declarar, ironiza. Em vez de confiar, pragueja.

A mulher pode amá-lo, o homem pode amá-la, só que ambos não amam o próprio sentimento. Cada um não se ama por amar. Não basta amá-la, tem que se amar por amá-la. Não basta amá-lo, tem que se amar por amá-lo.

Mas a reflexão não termina por aqui. Caso contraiu piedade do que não ama o amor, há ainda um tipo mais terrível: aquele que ama o amor, mas não ama seu parceiro. Ama seu modo de amar e não aceita mais nada. Faz o amor de propaganda, que é o contrário de fazer propaganda do amor. Experimenta um delírio romântico. Tudo o que o outro oferece não é do jeito conhecido, portanto não serve. Alimenta uma insatisfação constante, autoritária, como um diretor que recusa o improviso de seus atores e manda repetir a cena. Não reconhece os gestos mais naturais e singelos. Sufoca o que vive de fato pela pressa de um cartão-postal. Funciona na base do escândalo: da serenata na janela, da Kombi do aniversário, dos presentes imensos e das provas vistosas. Será insaciável, pressionando para receber o que somente ele imaginou (e nunca confessou).

É um desalmado da privacidade, um amante genérico, porque ama demais a si para amar quem quer que seja."



Crônica de Fabrício Carpinejar para o site Vida Breve.
http://carpinejar.blogspot.com/

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Stepping stone.


Arte de Joan Miró

"I remember way back, Way back when
I said I never wanna see your face again
Cause you were loving, yes your loving somebody else
And I knew, oh yes, I knew I couldn't control myself
And now they bring you back into my life again
And so I put on a face just like your friends
But I think you know
Oh, yes you know whats going on
Cause the feelings in me
Oh yes, In me are burning strong

But I will never be your stepping stone
Take it all or leave me alone
I will never be your stepping stone
I'm standing upright On my own

You used to call me up from time to time
And it would be so hard for me not to cross the line
The words of love lay on my lips just like a curse
And I knew, oh Yes, I knew
They'd only make it worse

And now you have the nerve to play along
Just like the mistro beats In your song
You got your kicks you, get your kicks from playing me
And the less you give the more I want so foolishly

But I will never be your stepping stone
Take it all or leave me alone
I will never be your stepping stone
I'm standing upright on my own

Never be your stepping stone
Take it all or leave me alone
I will never be your stepping stone
I'm standing upright on my ow"
(Duffy)